Te amo e não te amo como se tivesse em minhas mãos as chaves da fortuna e
um incerto destino desafortunado. Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
Pablo Neruda
Amor como definir essa simples palavra porem com um significado tão
grande que ninguém sabe definir. Amor não se conta se demonstra em
momentos de carinho, respeito, lealdade, amizade, se conseguir ter essas
simples palavras com alguém pode ter certeza que ela será o grande amor
da sua vida. Pois com carinho, amizade e respeito todo o resto se torna
simples.
Finalmente entendi o que significa o verdadeiro amor... Amor quer dizer
que você se importa mais com a felicidade da outra pessoa do que a sua
própria. Não importa o quão dolorosas sejam as escolhas que você tiver
que enfrentar.
Fontes: www.belasfrasesdeamor.com.br
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Auto da Barca do Inferno
Resumo do livro
Auto da Barca do Inferno, Obra de Gil Vicente que consegue se mostrar contemporânea.
Não é á toa que o livro “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente, um clássico da literatura, seja obrigatório, ele retrata a sociedade portuguesa do século XVI e ao mesmo tempo possui temas atuais, com uma boa sátira à sociedade.
O Auto é uma peça teatral, divida em cenas e atos, escrita em 1517. O cenário desta obra é um porto onde se encontram duas barcas, uma leva ao inferno e a outra ao paraíso, uma guiada por um diabo e a outra por um anjo, e sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas.
Chegada e julgamento das almas
O primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, que em vida foi tirano e vivia de luxúria. O diabo diz que aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo que leva ao paraíso seu pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta convencer o diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava.
O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o pedido é negado pois ele foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo e diz que quer voltar para pegar toda a sua riqueza acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno.
Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma simples. O diabo tenta enganá-lo para entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a subir na barca.
A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente, por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o pedido porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra na barca do diabo.
O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da igreja ali é seu lugar. Mas ele chega com sua amante e é condenado pelo anjo por falso moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu destino.
Brísida Vaz é a próxima, uma alcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir seiscentos virgos postiços, que seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na barca do diabo.
Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de um bode. Nem o anjo ou o diabo o quer em sua barca. Ele não pode chegar perto do anjo acusado de não aceitar o cristianismo, e então tenta convencer o diabo a levá-lo, que aceita com a condição que ele seria rebocado e não dentro da barca. Está é uma crítica ao movimento que acontecia na época, em que muitos judeus foram expulsos de Portugal e os que ficaram deveriam se converter.
Por fim chegam os representantes da lei, um corregedor e um procurador, que aparecem com seus livros e processos nas mãos e tentam argumentar sua entrada no céu. Porém são impedidos e acusados por manipular a justiça para o bem próprio. Eles seguem para a barca do inferno, onde parecem já conhecer a alcoviteira.
Os últimos a chegarem são quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo, por isso são perdoados de seus pecados e seguem para a barca do anjo.
Gil Vicente mostra nesta obra os valores da época, fazendo uma sátira social e demonstrando que aqueles que acumulam e não pensam no bem e nas leis de Deus em vida, merecem o inferno como destino.
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No século XV, durante o reinado de D. Afonso V, rei de Portugal, a
poesia se desvinculou do canto e da dança e passou a ser elaborada com
um grau de formalidade que lhe concedia ritmo, musicalidade e métrica
bem acentuados. Recebe o nome de poesia palaciana, pois os textos eram criados e declamados nos palácios, a fim de entreter a nobreza.
Sabe-se que a poesia palaciana era feita para ser declamada ou lida individualmente, enquanto que no Trovadorismo
a poesia era feita para ser cantada e dependia de um acompanhamento
musical. Essa peculiaridade deixa bem evidente a separação entre poesia e
música.
As cantigas trovadorescas eram ricas e diversas quanto à métrica, já a
poesia palaciana era metódica em adotar versos rendondilhos maiores
(sete sílabas métricas) e menores (cinco sílabas métricas). Para
alcançar ritmo e expressividade, a poesia palaciana tem um mote e a
partir dele desenvolve uma glosa.
Garcia de Resende, poeta português, reuniu aproximadamente mil poemas palacianos na obra Cancioneiro geral, publicada em 1516. Conheça alguns poemas retirados da obra de Garcia de Resende:
Meu amor, tanto vos quero, que deseja coração mil coisas contra a razão. Porque se não vos quisesse, como poderia ter desejo eu me viesse do que nunca pode ser. Mas com tanto desespero, tenho em mim tanta afeição que deseja o coração.
Aires Teles
Leia mais em: http://www.coladaweb.com/literatura/a-poesia-palaciana
O conceito de humanismo tem várias acepções. Trata-se, por exemplo, da doutrina que tem por base a integração dos valores humanos. O humanismo também é um movimento renascentista que se propôs a voltar-se para a cultura greco-latina a fim de restaurar os valores humanos.
O humanismo, regra geral, é um comportamento ou uma atitude que exalta o gênero humano. Sob esta concepção, a arte, a cultura, o desporto e as atividades humanas gerais tornam-se transcendentes.
Pode-se dizer que o humanismo procura a transcendência do ser humano como espécie. Trata-se de uma doutrina antropocêntrica em que o homem é a medida de todas as coisas. A organização social, como tal, deve desenvolver-se a partir do bem-estar humano. Esta corrente opõe-se ao teocentrismo medieval, onde Deus era o centro da vida.
O humanismo reconhece valores como o prestígio, o poder e a glória, que eram criticados pela moral cristã e, inclusive, considerados pecados. Ainda contrariamente às doutrinas religiosas, o humanismo faz do homem um objecto de fé, ao passo que, outrora, a fé era patrimônio de Deus.
Enquanto movimento intelectual surgido na Europa durante o século XV, o humanismo promovia a formação integral das pessoas. Posto isto, os humanistas costumavam reunir-se para partilhar experiências e debater as mesmas.
O humanismo opõe-se ao consumismo, tendo em conta que é contra tudo aquilo que é superficial, o narcisismo bem como aquilo que não é próprio da dignidade humana. A coisificação do homem enquanto produtor ou consumidor é um atentado ao seu desenvolvimento integral.
Eu quero você pra mim, eu juro que te farei feliz meu amor, mesmo que isso custe a minha felicidade, minha vida é você, mesmo que eu não queira, mesmo que eu lute contra isso, eu já não posso mais seguir sem você.
Por favor, me de um chance de provar o quão eu posso te fazer sorrir, eu quero estar ao teu lado; nos bons e maus momentos.
Eu quero te beijar, te abraçar, eu quero ter você. Dormir e acordar ao teu lado. Sentir teu cheiro, sentir o sabor do teu amor. Ser pra você a melhor coisa que já aconteceu em sua vida. Nunca te fazer sofrer, chorar talvez, mas apenas de felicidade. Calar uma de nossas brigas com um “eu te amo” ou com um beijo. Usar teu casaco e te abraçar para também não sentir frio. Te chamar de meu amor, meu pequeno, meu lindo, meu bebê, minha vida, meu neném. Meu, eternamente meu.
As novelas de cavalaria foram muito marcantes na cultura e literatura portuguesas; Surgiram na época do Trovadorismo em Portugal, narrando acontecimentos históricos e guerreiros, com personagens corajosos e leais, com espírito cavalheiresco, os quais viviam uma vida cheia de perigos e aventuras, ressaltando assim as virtudes dos heróis.
O tempo passou, mas ainda hoje percebemos traços do Trovadorismo e das Novelas de Cavalaria presentes em textos da literatura contemporânea. Um dos gêneros que adotam estas características é o Cordel.
O Cordel, assim como as novelas de cavalaria, é uma narrativa em verso, mas não é só na forma que estes dois gêneros se assemelham, mas também encontramos semelhanças nos temas abordados e até mesmo em algumas características linguísticas.
Alguns cordéis apresentam um tom de heroísmo, como por exemplo o folheto “Antonio Silvino, o rei dos cangaceiros” de Leandro Gomes de Barros, que traz já no título esta característica. O personagem principal é um herói, valente, lutador, porém a história narrada no cordel é adaptada, assim como os portugueses o fizeram com as novelas francesas, à realidade nordestina, abordando temas típicos como a miséria, a fome, a seca, etc. É assim que acontece com a grande maioria dos cordéis. Eles tratam de temas tipicamente nordestinos, ou quando muito, criticam a política ou sociedade brasileiras.
Novelas de Cavalaria e cordéis possuem muitos traços em comum, como por exemplo o uso de fatos fantásticos e a abordagem de valores morais e espirituais comuns à sociedade.
Usa-se de fatos fantásticos para dar mais ênfase ao seu trabalho, isso acontece principalmente quando ele retrata Antonio Silvino, que além de corajoso como era o real, suportava vários dias sem comer e sem beber, além de nunca ter sido pego por uma onça que comeu seu companheiro quando passou mais de um mês numa montanha escondido.
Para finalizar essa rápida comparação entre as novelas de cavalaria e o romance de cordel, concluímos que tanto o romance de cordel como as novelas de cavalaria tem muitos traços incomuns, como já foi falado antes, onde ambos abordam em suas narrativas os valores morais e espirituais que se relaciona ao bem comum a todos.
O texto do cordel, no entanto é adequado a uma realidade social, para que seja aceito pelo público, e por isso, ao contrário do artista erudito, se detém à tradição e ao modo de viver e falar popular, sem interferir no texto original, preservando-o com o objetivo de fazer referência à própria cultura.